O economista Raul Velloso, que presta consultoria para o Governo do Piauí, também participou do encontro da bancada federal com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tarde dessa quinta-feira (14) em Teresina. Na avaliação dele, a tendência é que o déficit previdenciário do país continue em níveis altos nos próximos anos, apesar da aprovação da reforma da previdência no Congresso Nacional.
“O problema previdenciário, que já é sério hoje, vai só se agravar. O déficit, que todo mundo já calculou, vai só piorar nos próximos 25 anos. Isso significa que qualquer efeito de reforma vai demorar acontecer, porque tem a questão dos direitos adquiridos”, pontuou.
Para Raul Velloso, para solucionar o problema de curto prazo é preciso criar um fundo de previdência, com objetivo de antecipar receitas futuras. “Precisamos aprovar uma reforma, trazer o dinheiro lá da frente, e depois precisamos aplicar a folga que surgir, necessariamente, em investimentos. é por isso que a solução está aí, e pode acontecer”, avaliou.
O consultor econômico também afirmou que mudanças como a nova idade mínima e outras reformas de regras podem resultar em maiores índices de antecipação de receita no futuro. “Com isso eu vou conseguir, ao projetar a despesa, caminhar para uma curva mais baixa, e vai sobrar mais recurso para antecipar”, disse.
Sobre a idade mínima, Raul Velloso disse que o ideal é a discussão parta dos 65 anos para homens e mulheres. “A partir dai é que vão sair várias hipóteses alternativas e decisões que podem nos trazer uma solução que atenda a todos”, avaliou.